
Os Landmarks Maçónicos: Nossa Bússola no Labirinto da Tradição
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Introdução:
Nas entranhas da Maçonaria, onde os segredos são guardados e a tradição é venerada, encontramos os Landmarks. Estes marcos históricos e espirituais têm guiado os maçons ao longo das eras, definindo os limites e os princípios que moldam nossa Ordem. Neste artigo, mergulharemos profundamente nos Landmarks, explorando sua relevância e o debate em torno dos Landmarks de Albert Mackey.
A Questão da Relatividade:
Os Landmarks de Albert Mackey são apenas uma de várias compilações de Landmarks encontradas no mundo maçónico. Alguns argumentam que sua relatividade reside no fato de que muitas Grandes Lojas nos Estados Unidos não os adotam. Além disso, a Grande Loja Unida de Inglaterra possui suas próprias "Rules" para orientar a Maçonaria globalmente. Mas, será que estamos apenas discutindo nomenclaturas?
O Significado dos Landmarks:
Para compreender a essência dos Landmarks, devemos voltar ao básico: "land" é terra, "mark" é marca. Portanto, Landmark é um "ponto de referência", um limite, uma recomendação, um conselho e uma ADVERTÊNCIA. Este preceito tem raízes bíblicas, encontrando-se em Provérbios 22:28: "nolumus leges mutari" - não removas os antigos limites que teus pais fixaram.
A Adoção dos Landmarks:
No Brasil, a COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes) e o GOB adotam e compreendem os Landmarks de Albert Mackey. Quando nos iniciamos nessas Potências, comprometemo-nos a observar os Landmarks e as Constituições de James Anderson. Nossa elevação e instalação seguem as normas desses antigos documentos, e isso é um pacto inquebrável. Os acordos feitos entre as partes, ou seja, os pactos, devem ser respeitados. Esses acordos resumem-se na ideia de que o que foi ajustado tem força obrigatória. Imagine a Maçonaria sem esses preceitos: seria como uma casa sem alicerces sólidos.
Um Exemplo Prático:
Um exemplo da importância dos Landmarks pode ser encontrado no Landmark nº 14 de Mackey. Ele estipula o direito de visitar e tomar assento em qualquer Loja maçónica. Um maçon que questiona outros Landmarks pode ainda defender este com fervor quando se trata de seus direitos. A coesão maçónica depende dessas regras que, para alguns, podem parecer ultrapassadas, mas que são fundamentais para nossa Ordem.
A Desobediência e Suas Consequências:
A desobediência aos Landmarks pode ter sérias consequências. Por exemplo, a política não deve ser discutida em Loja, mas muitas vezes vemos maçons posando ao lado de figuras públicas envolvidas em escândalos. Essa falta de aderência aos princípios pode manchar a reputação da Maçonaria e criar constrangimentos.
A Escolha: Evolução ou Dever?
Enfrentamos uma encruzilhada. Se as Constituições de Anderson ou os Landmarks de Albert Mackey parecem discordar com os tempos modernos, temos duas escolhas. Podemos tentar reescrever as regras para se adequarem ao nosso modo de pensar e agir ou, mais corajosamente, podemos cumprir os deveres que assumimos em nossa Iniciação.
Conclusão:
Os Landmarks maçónicos são muito mais do que regras antigas; são os pilares que sustentam nossa Ordem. Eles são nossa bússola no labirinto da tradição, orientando-nos a manter os limites e princípios que nossos antepassados estabeleceram. Como maçons, é nossa responsabilidade honrar esses compromissos, pois, afinal, "nolumus leges mutari" - não removemos os antigos limites que nossos pais fixaram.
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