Desvendando os Princípios Maçónicos: Amor Fraternal, Ajuda e Verdade
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Na jornada através dos princípios fundamentais da Maçonaria, é comum ouvirmos falar sobre "Liberdade, Igualdade e Fraternidade," um lema frequentemente associado à Ordem. No entanto, essa tríade ressoa com maior coerência nos ritos latinos, com raízes na revolução francesa. É nos ritos anglo-saxónicos, os mais antigos e próximos da filosofia operativa, que encontramos a essência de "Amor Fraternal, Ajuda e Verdade", os pilares que definem a Maçonaria norte-americana.
Amor Fraternal: Unindo a Família Humana
Representado por duas figuras humanas cumprimentando-se numa estrada, o Amor Fraternal é o coração pulsante da Maçonaria. Ele ensina aos maçons a enxergar a raça humana como uma só família, independente de diferenças sociais, econômicas ou culturais. A Maçonaria é o veículo que une homens de todas as nações, credos, raças e opiniões, promovendo amizades verdadeiras entre aqueles que, de outra forma, jamais se conheceriam.
A questão que nos desafia é se realmente estamos praticando este Amor Fraternal. Amamos nossos irmãos de Loja? Estamos dispostos a aceitá-los com todos os seus defeitos, da mesma forma que esperamos ser aceites? Esforçamo-nos para ajudar nossos irmãos a aprimorar-se, ou estamos propensos a proferir críticas maldosas quando estão ausentes? Precisamos refletir e agir, caso contrário, seremos meros propagadores de palavras vazias, hipócritas que pouco contribuem para o progresso da humanidade.
Ajuda: A Corrente de Afeição
O princípio da Ajuda envolve socorro, alívio e amparo aos mais necessitados, um dever de todos os homens. Maçons estão unidos por uma corrente de sincera afeição, ajudando os desfavorecidos e solidarizando-se com eles em suas aflições. O símbolo dessa virtude é uma figura humana socorrendo outra sob uma árvore, muitas vezes acompanhada de um animal, simbolizando o dever de cuidar uns dos outros.
Muitos Maçons defendem que a Maçonaria é uma entidade filantrópica que age discretamente, sem ostentar suas obras. É verdade, mas também é um argumento usado para esconder nosso verdadeiro dever. Devemos fazer mais do que juntar roupas usadas e doar cestas básicas. Ajuda real vai além disso, envolvendo carinho, tempo e amor aos necessitados, que não se limitam àqueles que enfrentam dificuldades financeiras. Quantas vezes focamos em obras filantrópicas em detrimento de atender às necessidades dos irmãos mais velhos em nossas Lojas, que tanto contribuíram conosco?
Verdade: Fundamento de Toda Virtude
A Verdade, representada por um pergaminho ou uma figura feminina com um livro e um incensário, é uma virtude divina. Na Maçonaria, a verdade é a primeira lição que todo Maçom aprende. Sob a influência desse princípio, hipocrisia e falsidade são desconhecidas em seu meio. Sinceridade e probidade são qualidades distintivas, e o coração e a língua se unem para promover o bem-estar do próximo.
A verdade, entretanto, reside naquilo que nossa consciência sabe sobre nós mesmos, o que fazemos quando ninguém está a nos observar. E agora, paremos para refletir: sabendo tudo o que sabemos sobre nós mesmos, merecemos ser julgados com aprovação? Quantas vezes julgamos indignos os candidatos sem ao menos dar-lhes o benefício da dúvida, mesmo quando, no íntimo, reconhecemos que nossas ações nem sempre são irrepreensíveis?
Essas reflexões não são críticas, mas um chamado à autorreflexão. Enfrentar essas três virtudes é o dever de um Maçom. Devemos erguer o Templo da virtude, reconstruí-lo quando o vício o derruba e, em seguida, reconstruí-lo novamente e novamente. A Maçonaria é mais do que ritual, liturgia, filosofia e história; é sobre a prática diária dos princípios essenciais nas nossas vidas.
Conclusão: Construindo o Templo da Humanidade
Essas três virtudes — Amor Fraternal, Ajuda e Verdade — formam a essência da Maçonaria e definem o objetivo desta instituição sublime: o progresso dos seus membros e da humanidade como um todo. Unindo-se por esses princípios, os Maçons têm o poder de construir um mundo melhor. Portanto, amemo-nos como irmãos, auxiliemo-nos nos momentos de necessidade, respeitemo-nos e vivamos com sinceridade. Somente assim poderemos concluir a grandiosa Obra para a qual o Grande Arquitecto do Universo nos destinou.
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