Maçonaria - A Evolução da Consciência Ambiental

Maçonaria - A Evolução da Consciência Ambiental

 

A Evolução da Consciência Ambiental: Da Negligência às Preocupações Globais

Nas décadas de 60 e 70, no Brasil, temas sobre o ambiente na Comunicação Social e nas universidades eram poucos e dispersos. Nos cursos de graduação praticamente este tema não era contemplado. Isto tudo mudou nas décadas seguintes. Hoje, dificilmente acedemos à Comunicação Social e não nos deparamos com notícias sobre aquecimento global, desflorestamento, rios poluídos etc. Nas universidades surgiram cursos específicos sobre o ambiente, e em quase todos os cursos nos deparamos com disciplinas que tratam do assunto. Por que este interesse repentino? A crise ambiental surgiu nas últimas décadas? Não existia crise ambiental em séculos passados? São perguntas importantes, ainda mais quando questões económicas e sociais de mesclam às questões ambientais. Observa-se o surgimento de uma geração mais consciente e preocupada com a o ambiente, diferente das passadas. Toda esta preocupação é uma moda? Logo será superada? Procura-se esclarecer que esta é uma crise distinta, mais complexa e grave, por isso mesmo, neste artigo, busca-se as suas origens, o que demanda abordar aspectos cosmológicos, históricos, filosóficos e ideológicos. Aponta-se as supostas causas da crise ambiental, o nascimento da consciência ambiental e a necessidade de rever os modelos de vida da sociedade nas suas mais arraigadas práticas. Por todos os lados vemos sinais da crise, uma crise com o potencial de desorganizar toda a vida no planeta.

 

O Chamado à Ação: Construindo um Futuro Sustentável

Ao se enfatizar a gravidade da crise, não se busca disseminar o desespero, mas alertar para a urgência de se construir pontes entre o presente e o futuro. Futuro este que em 2100 contará com o acréscimo de mais 3,2 biliões de habitantes. Encerra-se, convidando os diversos actores sociais, em especial a Maçonaria, para construção colectiva de soluções para superação desta crise sem precedentes.

 

Explorando as Origens da Humanidade e do Universo

A Origem e História do Homo Sapiens

A Terra, com os seus 4,5 biliões de anos, tem uma história complexa, dramática e fascinante. A vida destes entes estelares nunca foi fácil. Forças titânicas lutaram entre si e como num parto doloroso deram à luz aos mundos que hoje contemplamos. Observando o céu fascinamo-nos perante a imensidão do Cosmos, das profundezas dos espaços siderais, com os seus aglomerados de aglomerados de galáxias. Temos assim um pequeno lampejo do infinito e do inefável, e já nos extasia e amedronta.

Desta explosão inicial seguiram-se desdobramentos que formaram os átomos com os seus distintos núcleos atómicos, os quais se organizaram segundo as leis da física e da química, gerando estrelas e galáxias. Sabe-se também que a partir desta explosão inicial as galáxias estão de distanciando a velocidades incríveis, ou seja, o universo está em permanente expansão.

No planeta Terra, ao longo dos éons, eras, períodos, épocas e idades foram geradas as condições para o surgimento do Homo Sapiens. Antes dele, porém, os primeiros seres vivos surgiram há cerca de 3,5 biliões de anos. O homem surgiu muito mais tarde, numa incrível linha evolucionária, de acordo com a teoria de Charles Darwin.

Segundo os conhecimentos actuais, aproximadamente há 6 milhões de anos ocorreu a divisão no tronco comum que unia o que seria a espécie humana actual e os demais antropóides.

A cerca de 70 mil anos os primeiros Homo Sapiens deixaram o continente Africano e migraram para Ásia e Europa; neste período ocorreu a revolução cognitiva.

Do ponto de vista geológico, o género Homo surgiu no Pleistoceno (2,5 milhões de anos), mas foi no Holoceno (12 mil anos) que a espécie humana mudou gradativamente o seu estilo de vida, passando de nómades caçadores-colectores a povos sedentários que dominavam a agricultura. Estas duas épocas geológicas fazem parte do período Quaternário da Era Cenozóica.

A dinâmica evolutiva recente do ser humano pode ser observada através da classificação da pré-história, período que vai de 4,5 milhões de anos a 3500 anos a.C., nos seus diferentes períodos: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

 

O Crescimento Populacional e o Desafio da Sustentabilidade

Foi necessário chegar até meados do séc. XVIII para a população global atingir o primeiro bilião de habitantes; apesar deste incremento populacional, o impacto humano sobre o ambiente continuava limitado.

Este quadro populacional mudou bruscamente a partir da segunda metade do séc. XVIII com a Revolução Industrial. Com o advento da ciência, da tecnologia, do saneamento e da produção de alimentos em larga escala, a taxa de mortalidade diminuiu e permitiu a explosão demográfica. Nos últimos dois séculos, a população mundial passou de 1 bilião, em 1800, para 7,8 biliões de seres humanos actualmente; esta explosão populacional ocorreu num piscar de olhos na escala geológica da história da Terra. Este é um facto marcante, uma explosão demográfica que está a ocorrer nas últimas décadas, a qual está na base dos graves problemas socioambientais contemporâneos, como a desflorestação, o aquecimento global, a poluição dos oceanos etc.

 

O Desafio de uma Consciência Ambiental

A palavra consciência tem origem no latim conscientia que, por sua vez, tem origem em conscire, que significa saber. Ter consciência é estar ciente, é saber, é tomar conhecimento, é entender. Consciência, portanto, implica a capacidade de compreender a realidade, de perceber as implicações das nossas acções, de discernir entre o certo e o errado, de avaliar o impacto das nossas escolhas sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o ambiente. Ter consciência é ir além do imediato, é enxergar o mundo de forma mais ampla e profunda, é reconhecer a interligação de todas as coisas, é compreender que somos parte de um todo maior e que nossas acções têm consequências que vão além de nós mesmos.

A consciência ambiental, portanto, é a capacidade de compreender e valorizar o meio ambiente, de reconhecer a importância da natureza para a nossa própria sobrevivência e para o bem-estar de todas as formas de vida no planeta. É a consciência de que somos parte integrante da natureza e que dependemos dela para nossa subsistência. É a consciência de que nossas acções têm impacto sobre o ambiente e de que somos responsáveis por cuidar e preservar a natureza para as gerações futuras.

 

A Necessidade de Rever os Modelos de Vida da Sociedade

A crise ambiental que enfrentamos hoje é, em grande parte, resultado dos modelos de vida da sociedade moderna. O desenvolvimento económico e tecnológico trouxe inúmeras comodidades e benefícios, mas também gerou sérios problemas ambientais, como a poluição do ar e da água, o esgotamento dos recursos naturais, a degradação dos ecossistemas e as mudanças climáticas.

Para superar essa crise, é fundamental repensar e reformular nossos modelos de vida, de modo a torná-los mais sustentáveis e compatíveis com a preservação do ambiente. Isso envolve a adoção de práticas mais conscientes e responsáveis em relação ao consumo de recursos naturais, à produção de resíduos e à emissão de poluentes. Também implica a promoção da educação ambiental e da conscientização da sociedade sobre a importância da preservação da natureza.

Além disso, é necessário repensar o sistema económico, de modo a torná-lo mais sustentável e equitativo. Isso envolve a busca por alternativas de desenvolvimento que não se baseiem apenas no crescimento económico, mas que levem em consideração a qualidade de vida das pessoas e o respeito ao ambiente.

A Maçonaria, como instituição que promove valores de fraternidade, solidariedade e busca pelo conhecimento, pode desempenhar um papel importante nesse processo de construção de um futuro mais sustentável. Através da educação e da promoção de valores éticos, a Maçonaria pode contribuir para a formação de uma consciência ambiental mais sólida e para a disseminação de práticas sustentáveis na sociedade.

 

Conclusão

A crise ambiental que enfrentamos é o resultado de uma série de transformações e evoluções que ocorreram ao longo da história da Terra e da humanidade. Ela é uma crise complexa e global, que demanda ações urgentes e coordenadas de toda a sociedade. A consciência ambiental é fundamental para enfrentar essa crise, pois é ela que nos leva a compreender a importância da natureza e a nossa responsabilidade em preservá-la.

Rever nossos modelos de vida e buscar alternativas mais sustentáveis é essencial para superar essa crise e construir um futuro melhor para as gerações futuras. A Maçonaria, como instituição que promove valores de fraternidade, solidariedade e busca pelo conhecimento, pode desempenhar um papel importante nesse processo, contribuindo para a formação de uma consciência ambiental mais sólida e para a promoção de práticas sustentáveis na sociedade.

É importante que todos os atores sociais, incluindo governos, empresas, organizações da sociedade civil e indivíduos, trabalhem juntos para enfrentar essa crise e garantir um futuro sustentável para o nosso planeta. A preservação do meio ambiente não é apenas uma questão de escolha, mas uma necessidade imperativa para a sobrevivência da humanidade e de todas as formas de vida na Terra.

 

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